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"Exijo que meu corpo seja vestido somente com camisa, ceroula e coberto com um lençol, metido em um caixão forrado de
baeta, tendo uma cruz na mesma fazenda, branca, e sobre ela colocada a âncora verde que me ofereceu a Escola Naval em
13 de dezembro de 1892(...).
Sobre o caixão não desejo que se coloquem coroas, flores nem enfeites de qualquer espécie, e só a Comenda do Cruzeiro
que ornava o peito do Sr. D. Pedro II em Uruguaiana (...).
Exijo que se não faça anúncio nem convites para o enterro de meus restos mortais, que desejo sejam conduzidos de casa
ao carro e deste à cova por meus irmãos em Jesus Cristo que hajam obtido o foro de cidadãos pela Lei de 13 de maio (...)
Exijo mais, que meu corpo seja conduzido em carrocinha de última classe, enterrado em sepultura rasa até poder ser
exumado e meus ossos colocados com os de meus pais, irmãos e parentes, no jazigo da Família Marques Lisboa (...)
Como homenagem à Marinha, minha dileta carreira, em que tive a fortuna de servir à minha Pátria e prestar alguns serviços
à humanidade, peço que sobre a pedra que cobrir minha sepultura se escreva: "Aqui jaz o Velho Marinheiro, Marquês de Tamandaré".
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